quarta-feira, 4 de novembro de 2009

No sol da manhã

Há 5 anos seu pai e eu, numa conversa informal, em cima da cama do apartamento do Flamengo (detalhe: com vista para a Enseada de Botafogo), falamos sobre a vontade de termos um filho.
O nome? Isadora. Seu pai achou lindo e no início, concordou. Dias depois, se dando conta do sobrenome que a mamãe herdou do seu vovô materno, "Pinto", ele desistiu imediatamente e disse:
"Não posso ter uma filha com o nome de IsADORA PINTO. Ela vai ser sacaneada no colégio". E decidido, exclamou: "Qué isso!"
Eu, como sempre, comecei a rir, mas no fundo, me dei conta de que realmente ia soar estranho. Decidimos então por Marina. Marina Marona. Tem sonoridade. Parece nome de jornalista.
Quase um ano depois, seu pai queria fazer você; mas eu, recém saída da faculdade de jornalismo, queria ter a chance de trabalhar na área, entrar numa redação e achei que o momento não era propício. Um erro? Não sei, foi apenas uma escolha, que hoje considero egoísta.
Os anos se passaram e hoje, dia 4 de novembro de 2009, descobrimos que estamos "grávidos".
Dei a notícia pro seu pai por telefone. Onde eu estava? Na praia, junto aos deuses do mar. Quem sabe seu nome não mude para Iemanjá.




A vista que tínhamos do nosso quarto no apartamento do Flamengo.

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